O que os investidores podem esperar para o ano de 2025? Quais os principais fatores que vão influenciar a política, a economia e os mercados no Brasil e no mundo? Como se comportar diante de tantas incertezas no cenário? As águas devem continuar turbulentas e, para ajudar os investidores a seguir navegando, já está disponível o relatório “Onde Investir em 2025”.
Elaborado pelo time de Research da XP Investimentos o documento traz um balanço do ano que passou e as perspectivas para o próximo. “Vai ser o ano de colocar um freio de arrumação no Brasil”, resumiu Fernando Ferreira, estrategista-chefe do time de Research da XP, na apresentação do relatório.
No documento, os estrategistas da XP chamam a atenção para a discrepância entre os bons indicadores do final de 2024 e as perspectivas futuras ruins. De um lado há a atividade econômica aquecida, com alta demanda interna e um PIB que deve crescer em 3,5% (acima da expectativa). De outro, deterioração das contas públicas, aumentos das despesas do governo sem perspectivas de cortes significativos e Real depreciado.
Por isso, a inflação é apontada como o grande risco para o próximo ano. “Tudo é indexado à inflação e todos os fundamentos apontam para uma alta da inflação e para a necessidade de subir mais a taxa Selic”, analisa Ferreira. O time projeta uma alta da Selic para 14,5% em maio de 2025, inflação acima de 4,5% e dólar beirando os R$ 6.
Tendo a inflação como principal risco, serão beneficiados os ativos de Renda Fixa, tanto pós-fixada (dada a perspectiva de alta dos juros) como a ligada à inflação (com os títulos IPCA+ bem atrativos se carregados até o vencimento). “Quem aplica em IPCA+7%, dobra o patrimônio em 10 anos”, destaca Rachel de Sá, estrategista de investimentos da XP. “Historicamente é um retorno bastante elevado e raro.”
Mas há ressalvas.
Ainda que o cenário esteja mais para Renda Fixa, será preciso cautela e seletividade na alocação dos recursos em títulos privados e bancários. A atenção deve ser voltada para o emissor. Em títulos bancários, é essencial respeitar os limites do Fundo Garantidor de Créditos. No crédito privado, a palavra de ordem é seletividade. “O investidor não deve procurar apenas taxas. A maioria se deixa levar apenas pelas taxas sem conhecer o risco do emissor”, alerta Camila Dolle, head de Renda Fixa do Research. O risco apontado por Dolle tem a ver com a alta dos juros. Empresas com dívidas têm uma carga de juros a pagar e terão um custo mais alto. O investidor deve analisar caso a caso e escolher empresas com alavancagem mais baixa.
No geral, a recomendação é manter-se fiel à estratégia e não tomar decisões precipitadas, sem se assustar com as oscilações que vão acontecer até o vencimento dos títulos.
Em 2024, a bolsa brasileira (B3) esteve na contramão do mundo. Enquanto houve alta expressiva das bolsas internacionais (18% no índice global) e um recorde histórico da bolsa americana (alta de 26%), o Ibovespa foi o índice que mais caiu em 2024. O time de Research da XP declara uma “visão neutra” para a bolsa brasileira em 2025. “Tem fatores bastante positivos”, afirma Fernando Ferreira. “Os fundamentos das empresas estão muito bons, o dividend yield da bolsa está em 7%, o dobro do histórico, as empresas estão gerando muito caixa e pagando de volta; e a bolsa continua barata”, completa.
Por outro lado, a preocupação é com o cenário macro do Brasil. Uma Selic a 14% pesa sobre o valuation da bolsa brasileira, já que historicamente quando o juro sobe, a bolsa cai. E há risco de as empresas revisarem lucros para baixo. Os estrategistas da XP acreditam que o valor justo para o Ibovespa é de 145 mil pontos. “O potencial de valorização é muito interessante, mas se o investidor esperar o cenário melhorar, não vai conseguir captar essa melhora.”
Então, como se posicionar? O Relatório indica alocações mais defensivas, com a escolha de empresas que se protegem da alta da inflação e se beneficiam do dólar, como as das áreas de infraestrutura e exportadoras. Os investidores podem conferir as análises de 20 setores da B3, com recomendações de ações em Alimentos e Bebidas; Bancos e Setor Financeiro; Construtoras; Educação; Indústria Farmacêutica; Mídia e Tecnologia; Mineração e Siderurgia; Óleo, Gás e Petroquímicos; Papel e Celulose; Saneamento; Shoppings e Telecomunicações.
No global, o Relatório apresenta aos investidores o “admirável mundo fora das magníficas”, em referência às sete maiores empresas de tecnologia que respondem por mais de 30% do S&P 500. “A bolsa americana tem ativos de alta qualificação e os preços refletem isso”, observa Paulo Gitz, estrategista Global da XP. “Para 2025, procuramos boas oportunidades a preços mais razoáveis (nos EUA) e diversificação regional, em ações no Reino Unido e na China.”
Olhando para os Estados Unidos, o foco é em setores a serem beneficiados pelas políticas do novo governo republicano que, além do aumento das tarifas de importação e do controle de imigração, promoverá um esforço para cortar o déficit americano para 3%, manter o crescimento econômico em 3% e aumentar a produção de petróleo para 3 milhões de barris por dia.
Com um cenário favorável globalmente, 2025 será um bom ano para os investidores brasileiros abrirem suas contas internacionais e dolarizarem suas carteiras.”O investidor tende a olhar o CDI como o ativo de menor risco. Mas ele tem de lembrar que está investindo em Reais. E quando você pensa globalmente o Real tem muito risco. Não é o dólar que mexe; na verdade, é o Real que está se depreciando”, observa Fernando Ferreira. “Você deveria ter um montante em ativos dolarizados para proteger seu patrimônio de uma desvalorização cambial.”
A boa notícia é que investir no exterior hoje é fácil. “O investidor brasileiro tem o que a gente chama de home bias, o viés de investir dentro de casa. Muito porque sempre foi difícil investir fora do Brasil”, diz Fernando Ferreira. “Mas hoje a gente consegue com dois, três cliques investir globalmente em Renda Fixa e fundos de ações. Não é só porque o câmbio está acima de seis (reais) que a gente deveria pensar em diversificação global. É algo que a gente deve fazer constantemente”, finaliza.
É possível baixar a íntegra do relatório “Onde investir em 2025” neste link. Você verá que o ano será desafiador, mas repleto de possibilidades. Para fazer seu patrimônio crescer com estratégia e segurança, contate um de nossos assessores.
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